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Raiva.
Harper
Lee certamente poderia nos contar uma história. Sua descrição
de um cão com raiva no livro vencedor do Prêmio Pulitzer "To
Kill a Mockingbird" não só é medicalmente preciso,
ela transporta todo o medo e perigo dessa doença fatal. Claro, ela dificilmente
foi a primeira a escrever sobre isso: a raiva é conhecida por milhares
de anos e é mencionada nas tábuas legais da Mesopotâmia
e nos escritos de Aristóteles e Xenofonte. Algumas áreas do mundo
- notavelmente a Austrália, Grã-Bretanha, Islândia, Japão
e nações escandinavas - governaram para a eliminação
da raiva através de quarentenas estritas em animais que chegavam, mas
ela é encontrada em qualquer lugar do mundo.
O
vírus da raiva entra no corpo através de uma ferida aberta, normalmente
na saliva deixada durante uma mordida. Ela pode infectar e matar qualquer animal
de sangue quente, incluindo seres humanos. Dependendo da área do país,
os animais selvagens mais propensos a transmitir a raiva são guaxinins,
gambás, morcegos e raposas. Em 2004, de um total de 6.844 casos relatados
de raiva, 94 casos foram relatados em cães e 281 em gatos.
A
raiva assume duas formas. Uma é descrita como furiosa e a outra é
chamada de paralítica. A raiva paralítica normalmente é
o estágio final, terminando em morte. Um cão no estágio
furioso da raiva, que pode durar de um a sete dias, atravessa vários
comportamentos. Ele pode ficar agitado ou nervoso, cruel, excitável e
sensível à luz e ao toque. Sua respiração torna-se
pesada e rápida, fazendo-o espumar pela boca. Outro sinal da raiva é
a "mudança de personalidade". Por exemplo, um cão amigável
pode se tornar retraído e mordedor, ou um cão tímido pode
se tornar muito mais amigável que o normal. Conforme o vírus da
raiva faz o seu trabalho no sistema nervoso central, o animal tem dificuldade
para andar e se movimentar. Assim como não é bom se aproximar
de qualquer animal ou cachorro estranho, nunca tente se aproximar de um que
esteja se comportando atípico ou tendo dificuldade. Você deve ser
extremamente cauteloso perto de qualquer animal que você saiba estar agindo
estranhamente.
Como
a raiva é fatal, os veterinários da saúde pública
recomendam a eutanásia de qualquer animal com sinal de raiva que tenha
mordido alguém. Um cão que pareça saudável, mas
tenha mordido alguém deve ser mantido confinado por dez dias para ver
se os sinais de raiva se desenvolvem. Um cão não-vacinado que
tenha sido exposto à raiva deve ser submetido à eutanásia
ou estritamente confinado por seis meses, recebendo uma vacina contra raiva
um mês antes de ser liberado da quarentena. Se um cão vacinado
for exposto à raiva, ele deve receber uma dose de reforço imediatamente,
ser confinado e observado atentamente por 90 dias. Infelizmente, a única
forma infalível de confirmar se um cão tem raiva é examinar
seu cérebro (especificamente, o tecido de seu sistema nervoso central)
- o que significa que o cão não pode estar vivo. Se você
tem um cão ou gato que morre repentinamente - particularmente após
mostrar comportamento incomum - chame seu veterinário imediatamente para
ver se é necessário investigar a existência de raiva no
animal.
A
raiva é uma coisa séria. Para proteger seu cão da raiva,
você deve vaciná-lo aos três meses, e novamente um ano depois,
e então a cada três anos. Se você foi mordido por um animal
com raiva - ou por um animal que você não pode confirmar com certeza
que não tenha raiva - limpe imediatamente a ferida da mordida com sabão
e água. Então ligue para seu médico em busca de tratamento
imediato, o que pode incluir uma série de vacinas anti-rábicas.
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