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A Leishmaniose Visceral Canina (LVC)

Pertence ao complexo das leishmanioses, que se caracterizam por um conjunto de síndromes complexas e multifacetadas causadas por diversas espécies do gênero leishmânia, transmitidas por insetos vetores que afetam tanto seres humanos como animais domésticos e silvestres, e estão distribuídas por todos os continentes, com exceção da Oceania e da Antártida.

O cão é o principal reservatório da leishmaniose visceral no Velho e no Novo Mundo. De forma geral, a enzootia canina tem precedido a ocorrência de casos humanos e a infecção em cães tem sido mais prevalente do que no homem em todo o país.

A transmissão das leishmânias ocorre principalmente a partir da picada do inseto vetor contaminado. A L. infantum pode ser transmitida, ainda, por meio de transfusão sangüínea e acidentes de laboratório. A transmissão congênita ou pelo coito não foi descrita em cães, embora alguns pesquisadores considerem essa possibilidade

 

Ciclo da Leishmaniose

As leishmânias são transmitidas para os humanos a partir da picada de dípteros que se contaminam de outros humanos infectados, como no caso do calazar indiano; ou a partir de vertebrados não-humanos, como o cão, a raposa e o chacal, que funcionam como reservatórios do parasita.

O inseto transmissor pertence ao gênero Lutzomyia, nas Américas, e Phlebotomus, no restante do mundo.

Durante o repasto sangüíneo a fêmea do flebotomíneo ingere macrófagos parasitados por leishmânias que, no intestino do mosquito, seguem o ciclo necessário para o seu desenvolvimento.

Posteriormente ocorre a contaminação de seres humanos e animais pela picada do mosquito infectado.

 

Vacinação

Esquema de vacinação com Leishmune

Vacinação Primária:

Iniciar a vacinação em cães a partir dos 4 meses de idade, saudáveis e soronegativos para Leishmaniose Visceral Canina. O protocolo completo deve ser feito com 3 (três) doses, respeitando um intervalo de 21 dias entre cada dose (aplicação).

Revacinação Anual:

A revacinação deve ser feita 1 ano após a primeira dose, sendo repetida anualmente com 1 (uma) dose de Leishmune para manter a resposta imune.

Considerações:
A vacina é apenas para cães saudáveis e soronegativos para Leishmaniose Visceral Canina.
É obrigatória a realização de exame sorológico prévio, para detecção de cães previamente infectados.
Por não terem sido conduzidos estudos da aplicação da vacina em fêmeas prenhes, não se recomenda a vacinação nesses animais.

 

ALGUMAS DÚVIDAS ?

1. O que é Leishmaniose Visceral?

A Leishmaniose Visceral é uma doença grave e fatal, tanto para o cão, quanto para o homem. É causada pela Leishmania, um protozoário flagelado, presente em grande parte do mundo.
A Leishmaniose Visceral é reconhecida, atualmente, como uma das mais importantes zoonoses (doenças transmitidas dos animais para os seres humanos) pela Organização Mundial de Saúde (OMS), sendo o cão, o principal reservatório de infecção para o homem.
A doença constitui-se em sério problema de saúde pública e vem se intensificando nos centros urbanos.
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2. Qual a prevalência da Leishmaniose Visceral?

A Leishmaniose Visceral, hoje, ameaça cerca de 350 milhões de homens, mulheres e crianças em 88 países do mundo. Segundo a OMS, são notificados, anualmente, 500 mil novos casos.
No Brasil, ocorrem surtos de Leishmaniose com uma freqüência significativa e a doença está se alastrando, o que vem preocupando veterinários e proprietários de cães.
O Ministério da Saúde informa a ocorrência de 2 a 3 mil casos de Leishmaniose Visceral por ano. Estima-se que, para cada caso humano, há uma média de 200 cães infectados.
Pergunte ao seu Médico Veterinário qual é a prevalência da Leishmaniose Visceral em sua região.
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3. Como o meu cão pode se infectar com a Leishmaniose Visceral Canina?

A Leishmaniose é transmitida ao cão e ao homem pela picada de um mosquito do tipo flebotomíneo (mosquito palha, birigui ou cangalhinha), infectado com o protozoário. Diferente de outros mosquitos, o birigui não necessita de água parada para o desenvolvimento de suas formas larvárias, dificultando o seu controle.
A partir do momento em que o cão possui a Leishmania em sua corrente sanguínea e na pele, passa a ser fonte de infecção para os mosquitos, que por sua vez, podem contaminar outros cães e os seres humanos.
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4. Quais os sintomas que um cão com Leishmaniose Visceral Canina pode apresentar?

Os sintomas são bastante variáveis. São comumente observadas lesões de pele, acompanhadas de descamações e, às vezes, úlceras, além de perda de peso. Alguns cães apresentam um crescimento exagerado das unhas e também dificuldade de locomoção. Em um estágio mais avançado, há o comprometimento do fígado, baço e rins, podendo levar o animal à morte.
Devido à variedade e à falta de sintomas específicos, o Médico Veterinário é o único profissional habilitado a fazer um diagnóstico preciso.
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5. Como a Leishmaniose Visceral Canina pode ser prevenida?

O combate ao mosquito, com o uso de inseticidas no ambiente e de repelentes nos cães, associado às práticas de educação da população em relação à posse responsável e controle da natalidade canina, identificação rápida e controle dos reservatórios e emprego de medidas de saneamento básico eram, até então, as únicas medidas de controle da enfermidade. Atualmente, já existe uma vacina disponível que protege os cães, evitando o desenvolvimento da doença.
O programa vacinal deve ser associado às demais medidas de controle da enfermidade descritas acima.
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6. Como foi desenvolvida a Vacina Leishmune?

A vacina Leishmune foi desenvolvida pela equipe da Profa. Dra Clarisa B. Palatnik de Sousa, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O desenvolvimento da vacina conta com 23 anos de pesquisa, sendo os últimos 5 anos realizados em parceria entre a UFRJ e a Fort Dodge, líder mundial em vacinas para cães e gatos. Esta parceria resultou no aprimoramento do produto e no seu desenvolvimento em escala industrial.
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7. Qual a proteção conferida pela Leishmune?

Inúmeros estudos realizados em cães de áreas de grande incidência da doença demonstraram que a vacina confere proteção de 92 a 95%. Ou seja, de cada 100 cães vacinados, 5 a 8 animais não irão desenvolver resposta imunológica adequada, permanecendo, assim, suscetíveis à doença.

Como toda vacina, a resposta adequada e conseqüente proteção do animal, é diretamente relacionada à competência imunológica individual. Entre 2004 e 2008 foram vacinados mais de 65.000 cães, apresentando 97% de proteção a campo, segundo os médicos veterinários que utilizaram a Leishmune.
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8. Qual o programa de vacinação preconizado para a Leishmune?

O programa indicado é o uso da vacina em cães sadios e soronegativos para Leishmaniose Visceral Canina, a partir dos 4 meses de idade. O protocolo completo de vacinação é composto por 3 doses, respeitando um intervalo de 21 dias entre as aplicações. A revacinação deverá ser feita 1 ano após a primeira dose e repetida anualmente, proporcionando a manutenção da resposta imune, principalmente celular.
O cão só é considerado protegido 21 dias após a terceira dose de Leishmune. Se o animal estiver previamente incubado ou infectar-se durante o programa de vacinação, Leishmune não impedirá o desenvolvimento da doença, nem o aparecimento dos sintomas. Porém, nestes casos a vacinação não irá piorar o quadro do animal.
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9. Posso vacinar um cão com teste positivo para a Leishmaniose Visceral Canina?

Não. Segundo as indicações de bula, a vacina deve ser usada somente para a prevenção da Leishmaniose Visceral Canina e não como tratamento. Por isso, é necessária a realização do teste sorológico previamente à vacinação, para que apenas cães sadios e livres da infecção sejam vacinados.
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10. O que o cão pode apresentar depois da aplicação da vacina?

Cerca de 25% dos cães podem responder à vacinação demonstrando dor e/ou inflamação transitória no local da aplicação, que geralmente regridem em poucos dias.
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11. A vacina Leishmune pode provocar a Leishmaniose?

Não, uma vez que além de se tratar de um produto inativado, a vacina é composta apenas por uma subunidade da Leishmania.
Na verdade, trata-se de uma vacina produzida com tecnologia especial, que emprega apenas uma das proteínas do protozoário, capaz de induzir uma resposta imunológica eficaz e duradoura.
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12. Para que serve o Atestado de Vacinação da Leishmune?

O atestado é um registro do programa completo de vacinação de cada cão.
Nele, constam todas as informações referentes a:
Exame de diagnóstico prévio;
Datas das vacinações;
Comum acordo do Médico Veterinário e do proprietário em relação ao esquema de vacinação;
Este atestado é composto por 2 vias: uma ficará com o Médico Veterinário e a outra com o proprietário do cão.
É importante lembrar que o cão vacinado desenvolve anticorpos protetores contra Leishmaniose, tornando-se soropositivo.

 

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